O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o bloqueio de contas de 16 apoiadores do presidente Jair Bolsonaro em redes sociais também no exterior.
Na prática, a determinação ampliou o alcance de uma outra decisão, da semana passada. No último dia 24, as contas foram retiradas do ar por decisão de Moraes, mas alguns dos investigados tentaram driblar a ordem do STF e mudaram, por exemplo, as configurações de localização para outros países para continuarem publicando mensagens. Também usaram perfis alternativos.
Nesta quinta, diante da nova decisão de Moraes, a rede social Twitter divulgou uma nota na qual informou que bloqueou as contas.
"O Twitter bloqueou as contas para atender a uma ordem judicial proveniente de inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF). Embora não caiba ao Twitter defender a legalidade do conteúdo postado ou a conduta das pessoas impactadas pela referida ordem, a empresa considera a determinação desproporcional sob a ótica do regime de liberdade de expressão vigente no Brasil e, por isso, irá recorrer da decisão de bloqueio", informou.
A exclusão das contas faz parte do chamado inquérito das fake news, que apura ameaças a ministros do STF e a disseminação de conteúdo falso na internet. Moraes é o relator do caso.
Pela nova decisão, foram bloqueados os perfis de:
- Roberto Jefferson, ex-deputado e presidente nacional do PTB;
- Luciano Hang, empresário;
- Edgard Corona, empresário;
- Otávio Fakhoury, empresário;
- Edson Salomão, assessor do deputado estadual de São Paulo Douglas Garcia;
- Rodrigo Barbosa Ribeiro, assessor do deputado estadual de São Paulo Douglas Garcia;
- Bernardo Küster, blogueiro;
- Allan dos Santos, blogueiro;
- Winston Rodrigues Lima, militar da reserva;
- Reynaldo Bianchi Júnior, humorista;
- Enzo Leonardo Momenti, youtuber;
- Marcos Dominguez Bellizia, porta-voz do movimento Nas Ruas;
- Sara Giromini;
- Eduardo Fabris Portella;
- Marcelo Stachin;
- Rafael Moreno.

lQuando as contas foram retiradas do ar pela primeira vez, todos negaram irregularidades e criticaram a decisão do STF. O governo chegou a acionar o Supremo para rentar reverter a decisão.
Em maio, o grupo já tinha sido alvo de busca e apreensão autorizada pelo ministro, em desdobramento do inquérito. Na época, Moraes determinou o bloqueio de contas em redes sociais de 16 investigados. Os perfis seguiam ativos até esta semana, o que levou o magistrado a reforçar a determinação na última quarta.
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