A Justiça de São Paulo absolveu o filho mais velho do ex-presidente Lula, Marcos Cláudio Lula da Silva (também do PT), em um processo movido contra ele pelo prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando (PSDB).
O prefeito protocolou uma queixa-crime contra Marcos Lula em 2015 por difamação. Ele reclama de uma postagem do petista no Facebook associando o tucano à ação da Polícia Militar contra estudantes que participavam do movimento de ocupação das escolas estaduais.
O estado era então governado por Geraldo Alckmin, do mesmo partido de Morando. A publicação tinha duas imagens: uma mostrava policiais imobilizando um aluno durante um protesto e outra exibia o prefeito fazendo sinal positivo com o polegar. Junto, a frase: "Orlando Morando apoia o jeito PSDB de educar estudantes".
A juíza Marta Oliveira de Sá, da 5ª Vara Criminal de São Bernardo, considerou improcedente a ação penal e livrou Marcos Cláudio das imputações. A outra parte ainda pode entrar com recurso para reverter a decisão.
O filho de Lula, que é ex-vereador da cidade, argumentou no processo que sua manifestação era legítima e que não praticou crime contra a honra de Morando. O petista é defendido na ação por Cristiano Zanin Martins, mesmo advogado de seu pai, que está preso desde sábado (7) em Curitiba.
As duas partes foram ouvidas pela Justiça no dia 14 de março. No ano passado chegou a ser marcada uma audiência de conciliação, mas não foi fechado nenhum acordo.
Na decisão desta segunda-feira (9), a juíza afirmou que Marcos Cláudio não teve intenção de ofender a reputação do tucano e que a publicação, "apesar de incisiva e contundente, constitui mera irresignação de caráter político-partidário".
Ela lembrou que na época do fato o filho de Lula ainda era vereador e que a postagem foi feita em uma página relacionada ao exercício do mandato.
Em 2015, Morando era deputado estadual. Para a magistrada, como figura pública, ele "não deve tomar como ofensa pessoal todas as revoltas, indignações e inconformismo dos cidadãos relacionados a questões político-partidárias".
O tucano diz que recorrerá da decisão por continuar acreditando que houve difamação. "Ele me relacionou a uma imagem que não é da minha conduta nem nunca foi da minha prática", afirma.
"O motivo de processar é para a gente não permitir que a política vire uma guerrilha de ofensas pessoais em períodos pré-eleitorais, que foi o que eu sofri", diz Morando. Com informações da Folhapress.
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