O Ministério Público de Contas do Estado de São Paulo vai apurar se houve irregularidades na compra de máscaras cirúrgicas pela prefeitura de Guarulhos, na Grande São Paulo. Segundo o procurador Celso Augusto Matuck Feres Júnior, responsável por examinar as contas do município, um procedimento será instaurado assim que o Tribunal de Contas do Estado volte da quarentena.
Está sob suspeita a compra de 300 mil máscaras cirúrgicas descartáveis por R$ 1,86 milhão no dia 26 de março deste ano. Assim, a prefeitura pagou R$ 6,20 pela unidade fornecida pela empresa Innovamed. O preço foi o mais baixo apresentado na tomada de preços feita pela administração municipal, em que os valores variaram de R$ 6,20 a R$ 8.
A título de comparação, a prefeitura de São Paulo realizou na semana passada a compra de 750 mil máscaras cirúrgicas descartáveis para abastecer hospitais da capital paulista pelo valor de R$ 3 a unidade, totalizando R$ 2,25 milhões. Ou seja, pagando menos da metade do município vizinho. A compra foi feita com dispensa de licitação devido ao fato da capital paulista ter decretado situação de emergência com a pandemia de coronavírus.
Pandemia elevou os preços
Em nota, a prefeitura de Guarulhos afirma que o “processo de compra seguiu todos os trâmites legais, com as devidas pesquisas de preços, sendo escolhida a empresa que oferecia naquela data o menor valor praticado no mercado”. Segundo o comunicado, a Secretaria Municipal de Saúde pesquisou o preço de mais de 70 fornecedores.
De acordo com a secretaria, a compra foi feita devido à urgência de fornecer o equipamento de proteção aos profissionais do setor de saúde. “Diante da grande procura por máscaras pelos mais diferentes municípios e setor privado, os preços apresentados estavam acima dos praticados fora da pandemia. Porém, a secretaria não tinha tempo para esperar por uma possível ou não queda dos valores praticados, sob o risco de deixar os profissionais sem as máscaras”, acrescenta a nota.
A prefeitura de Guarulhos informou ainda que abriu sindicância para apurar eventuais irregularidades no processo de compra dos itens. Além disso, a administração municipal diz que “após a pandemia, poderá tomar as medidas judiciais cabíveis contra fornecedores que vieram a praticar preços abusivos”.
Edição: Fábio Massalli
Deixe seu Comentário
Leia Também

Casa de Evento na MS-080 reuniu cerca de 15 mil pessoas no sábado no Show de dupla sertaneja

"Gringo Gonzales", considerado um dos mais temidos do mundo do crime, foi preso em PJC.

Pistoleiro que executou policial paraguaio foi preso e transferido para Assunção.

Festa com aglomeracão é flagrada e organizadores vão parar na polícia.

Caminhões com carga de oxigênio chegam a Manaus

Número de casos de Covid-19 continua alto na maioria das cidades do Estado

Fiocruz negocia mais 15 milhões de doses de vacina da AstraZeneca

Avião cai em TO com jogadores e presidente do Palmas Futebol

Incompetência do prefeito Marcos Trad faz usuário do transporte coletivo sofrer
