BRASÍLIA (Reuters) - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, afirmou nesta segunda-feira que são nefastos o autoritarismo e os ataques à democracia e destacou que não é possível admitir solução que seja fora da democracia, um dia após o presidente Jair Bolsonaro ter ido a um ato público em que manifestantes pediram o fechamento da corte, do Congresso Nacional e uma intervenção militar no país.
A manifestação de Toffoli foi feita por videoconferência organizada pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e que contou com outras entidades.
“As seis entidades (participantes) têm no DNA o conhecimento do quão nefasto é o autoritarismo, do quão nefastos são os fundamentalismos, do quão nefasto é o ataque às instituições e à democracia”, disse.
Segundo o presidente do STF, a corte tem atuado na perspectiva de se manter o pacto previsto na Constituição.
“Não é possível admitir qualquer outra solução que não seja dentro da institucionalidade do Estado Democrático de Direito, da democracia”, destacou.
Essa é a primeira manifestação do presidente do STF após a presença de Bolsonaro em ato antidemocrático realizado em Brasília no domingo. Outros ministros da corte, como Gilmar Mendes e Roberto Barroso, criticaram as manifestações.
Nesta segunda, o procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu ao STF a abertura de um inquérito para apurar a organização dos atos. O presidente não é um dos alvos da investigação —que vai correr sob sigilo e deve apurar o envolvimento de deputados federais em sua organização.
Também na segunda, Bolsonaro negou que a manifestação tivesse viés antidemocrático —após discursar no ato de domingo que pedia intervenção militar no país— e repreendeu um apoiador que pediu o fechamento do Supremo. [nL1N2C80MI]
Reportagem de Ricardo Brito
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