SYDNEY (Reuters) - Os casos de coronavírus no mundo passaram de 3,5 milhões nesta segunda-feira, e as mortes se aproximaram de 250 mil, de acordo com uma contagem da Reuters, o que leva especialistas a temerem uma defasagem considerável de relatos, apesar de a taxa de mortes e casos novos estar desacelerando.
Países da América do Norte e da Europa, onde as taxas de crescimento da contaminação estão diminuindo, ainda respondem pela maioria das infecções novas relatadas nos últimos dias.
Mas a quantidade de casos está aumentando na América Latina, África e Rússia, e especialistas expressaram o receio de que os dados gerais estejam muito aquém do verdadeiro impacto da pandemia.
Globalmente, surgiram 74.779 casos novos nas últimas 24 horas, segundo uma contagem da Reuters que se baseia em dados oficiais de governos — o que eleva o total de casos para cerca de 3,52 milhões.
Em comparação, a gripe sazonal anual provoca de 3 a 5 milhões de casos de doenças graves, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mas a cifra ainda fica bem abaixo da gripe espanhola, que começou em 1918 e infectou cerca de 500 milhões de pessoas.
“Ainda temos que ser céticos com os números que recebemos”, disse Peter Collignon, médico especialista em doenças infecciosas e microbiologista do Hospital de Canberra, à Reuters. “Isto é um problema enorme”.
“A taxa de mortalidade também é 10 vezes mais alta do que a da gripe em todas as faixas etárias”.
Os casos podem provocar somente sintomas leves e nem todas a pessoas com sintomas são examinadas, e a maioria dos países só registra mortes nos hospitais, o que significa que falecimentos em residências e casas de repouso ainda não foram incluídos.
As mortes relacionadas à Covid-19, a doença causada pelo novo vírus, estão em 246.920. A primeira delas ocorreu no dia 10 de janeiro em Wuhan, na China, onde o vírus surgiu em dezembro.
A taxa diária de casos novos em todo o mundo ficou em torno de 2% a 3% na semana passada, tendo tido um pico de cerca de 13% em meados de março, o que levou muitas nações a começarem a afrouxar as medidas de isolamento que transtornaram os negócios e abalaram a economia global.
Mas o relaxamento das restrições causa polêmica enquanto os especialistas debatem a melhor estratégia para impedir uma grande “segunda onda” do surto.
“Poderíamos facilmente ter uma segunda ou terceira onda porque muitos lugares não estão imunes”, alertou Collignon, observando que o mundo está distante de uma imunidade de rebanho, que exige que cerca de 60% da população tenha se recuperado da doença.
((Tradução Redação Rio de Janeiro; 55 21 2223-7128))
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